Coco Bambu aporta US$ 10 mi em loja nos EUA

Coco Bambu aporta US$ 10 mi em loja nos EUA

2017-05-26 Presente em 11 estados no Brasil, a rede de comida nordestina Coco Bambu irá expandir para os EUA em julho. A unidade demandará aporte de US$ 10 milhões. Com expectativa de faturar R$ 600 milhões este ano, o grupo reduziu a projeção de aberturas no País por conta da instabilidade na produção do camarão. Com mais de uma década de atuação no mercado brasileiro, o Coco Bambu cruza o continente e desembarca em Miami, nos Estados Unidos. Com objetivo de se tornar grande no varejo norte-americano, o grupo projeta a abertura de dez restaurantes no país até 2020. "Nosso objetivo [com a internacionalização da companhia] é abrir essa primeira unidade e, caso ela seja uma operação bem-sucedida, a ideia é projetar todo o nosso crescimento nos Estados Unidos", afirma o sócio-fundador da empresa, Afrânio Barreira. A mudança no foco da operação vem em boa hora. Em 2016, o grupo alcançou números recordes no Brasil: foram oito novas unidades, distribuídas por cinco estados, e um faturamento na casa dos R$ 460 milhões. Para este ano, a expectativa é investir em mais quatro restaurantes no País, além da unidade norte-americana, e elevar os ganhos da rede para R$ 600 milhões. Crise na produção A empresa, no entanto, vê dificuldades em relação ao abastecimento de camarão no Brasil, que está sumindo dos cardápios dos restaurantes especializados no fruto do mar. Principal iguaria da casa, a queda na produção fez com que o Coco Bambu reduzisse em 50% as opções de pratos com o alimento. "Eu acho que o Coco Bambu passou um pouco à margem da crise porque conseguimos manter o nosso faturamento de 2015 para 2016 e estamos mantendo neste ano. O problema mais grave é o desabastecimento do camarão, que dobrou de preço desde o ano passado até hoje", afirmou Barreira ao DCI. Um dos maiores produtores de camarão no Brasil, o Ceará viu o preço médio do crustáceo avançar 45% em 2016, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). Segundo Barreira, o motivo da valorização do alimento na região é a oferta cada vez mais escassa por conta do vírus da mancha branca. Deflagrada no ano passado, a doença leva o crustáceo infectado à morte imediata e acabou por dizimar a produção do alimento. Por conta disso, o executivo defende a importação do crustáceo: "O Brasil importa carne, peixe, polvo, mas era proibido de importar camarão. Só agora que o governo brasileiro abriu a importação, mas existem limitações. O camarão que foi liberado [em março deste ano] vem do Equador, e é descascado e sem cabeça, para impossibilitar qualquer tipo de contaminação", diz. Espaço de eventos Além dos restaurantes inaugurados no Brasil, que custam em média R$ 9 milhões cada, uma aposta da empresa é a criação de espaços agregados para a realização de eventos. "A ideia é realmente fazer grandes restaurantes, que possam ter condições de capacidade, de estrutura e know-how tanto para almoços, quanto para casamentos, conferências e eventos", afirma Barreira. Para o executivo, o Coco Bambu é um restaurante de celebração em família, com opções a partir de R$ 59,90. "A gente atinge várias camadas de classe. Somos muito democráticos. Temos instalações boas, confortáveis, e um preço muito acessível", completa o diretor-fundador do grupo. Felipe Mendes Fonte:  DCI Leia mais notícias no Portal, clicando aqui. Conheça os serviços do Grupo BITTENCOURT