O varejo passou por muitas modificações nos últimos dois anos, principalmente considerando as medidas de isolamento impostas pela pandemia, que fizeram com que o e-commerce se fortalecesse. E com o movimento de retomada da economia, o setor entra na fase de reestruturação e adaptação. Para isso, os empreendedores precisam estar atentos às mudanças do mercado para 2022, como a evolução de negócios digitais, metaverso, práticas ESG (da sigla Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, incluindo DE&I (diversidade, equidade e inclusão), o reforço da importância da loja física e as mudanças no comportamento do consumidor.
O Grupo BITTENCOURT, consultoria especializada no desenvolvimento, gestão e expansão de redes de negócios e franquias, selecionou cinco tendências que devem impactar o setor varejista brasileiro e que foram discutidas em grandes eventos de varejo ao redor do mundo. Confira abaixo as principais tendências identificadas pela consultoria:
1. Evolução de negócios digitais
O varejo digital foi um dos que mais cresceu nos últimos anos, principalmente durante a pandemia. “Para além do e-commerce tradicional, vamos continuar a observar novidades e a evolução do varejo aliado ao digital. Um dos insights da CEO da GDR Creative Intelligence, Kate Ancketill, se refere à percepção de que estamos na era do alt commerce, que pode ser traduzido também como “anywhere commerce” ou as transações que ocorrem nos mais diversos canais, locais e até mesmo dimensões. E tudo de forma intuitiva, interativa e divertida para os consumidores das novas gerações.”, pontua Lyana Bittencourt, CEO do Grupo BITTENCOURT
Uma dessas inovações ganhou o Brasil nos últimos anos. O live commerce trouxe aspectos que o e-commerce tradicional não possui, como humanização, presença, curadoria, esclarecimento de dúvidas, e principalmente entretenimento. “Porém, é necessário trabalhar no refinamento da modalidade, explorando melhor os influenciadores, o conteúdo e como conduzir o live commerce para que seja não só uma plataforma de engajamento, mas que também traga resultados efetivos para as empresas”, complementa.
2. Metaverso
Também relacionado com o “Alt Commerce” o metaverso é um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais e foi uma das tendências mais discutidas durante o evento. O Metaverso é um espaço coletivo e virtual constituído basicamente pela soma de ‘realidade virtual’, ‘realidade aumentada’ e a já conhecida ‘Internet’.
Os recursos proporcionados por esse mundo virtual podem ser o diferencial de pequenas a grandes empresas para elevar o nível de experiência e jornada do consumidor, e assim criando novas fontes de renda para empresas e empreendedores no geral.
3. Sustentabilidade e liderança
Muito tem se falado sobre a sigla ESG, que se refere a Environmental, Social and Corporate Governance, e as três letras já estão presentes no vocabulário e na pauta das grandes redes varejistas. O ponto principal de discussão sobre o tema foi a necessidade do conceito sair do campo das ideias e ter atuação efetiva das empresas. Um processo que está totalmente relacionado a uma liderança comprometida com um propósito maior, até porque não adianta ter planos e indicadores se a liderança da empresa não estiver disposta a comprar a ideia.
4. DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão)
Outro ponto diretamente relacionado a práticas ESG são as questões de diversidade, equidade e inclusão, que precisam estar cada vez mais no pipeline das empresas. E talvez, nesta edição da NRF, foi a que mais pudemos observar a diversidade vista na prática, com a presença de palestrantes de diferentes etnias, origens e posicionamentos.
Em uma das palestras mais aclamadas pelo público durante o Retail’s Big Show de 2022, a vice-chairman da Morgan Stanley, Carla Harris, pontuou que a diversidade não ocorre naturalmente nas empresas. “Nós precisamos abrir vagas destinadas a diferentes grupos, porque só assim a mudança vai acontecer de fato. Mas, acredito que também seja necessário promover o acesso à capacitação para que os mais diversos perfis sejam qualificados para disputar vagas em diferentes áreas, como as de tecnologia, por exemplo”, pontua Bittencourt.
5. Importância da loja física e o novo comportamento do consumidor
O futuro das lojas físicas foi um dos pontos de discussão mais debatidos nos estandes e seminários da NRF 2022. Afinal, existe uma incerteza e desafios a serem enfrentados pensando sobre o novo comportamento do consumidor, que passou por um isolamento social e passou a adotar o e-commerce como principal forma de consumir. Durante o evento a constatação foi que as lojas físicas estão longe de morrer, mas varejistas vão precisar se acostumar e se adaptar a novas realidades.
“As lojas físicas vão precisar se adaptar e vão servir de estratégia para um novo momento do varejo, que tem um consumidor cada vez mais ávido por comodidade e rapidez. Pensando nisso, elas vão servir primordialmente como um hub de serviços, um hub de logística e principalmente um hub de experiência, para entregar o que os diferentes tipos de e-commerces não conseguem entregar, que é o contato com o produto e com a equipe de vendas antes do check-out”, finaliza Lyana.
Sobre o Grupo BITTENCOURT
Consultoria especializada no desenvolvimento, gestão e expansão de redes de negócios e franquias. Com mais de três décadas de história, o Grupo se consolidou no mercado como referência em ressignificação de negócios, atuando em diversos canais e com empresas de todos os portes e segmentos. Com operações no Brasil e também na Europa, a empresa oferece soluções que vão desde desenvolvimento de novos conceitos de negócios até a gestão completa de uma rede. Arezzo, Reserva, Vivo, Danone, Todeschini, Adcos, Dunkin Donuts, Coca Cola, Google, Samsonite, Porto Seguro, Adidas, Mauricio de Sousa Ao Vivo e Heliar são alguns players de peso que tiveram seus negócios impactados pelo trabalho da consultoria. Site: https://bittencourtconsultoria.com.br/
