Com 30 redes em operação, 280 unidades e um faturamento em 2016 de R$ 282 milhões, as franquias de alimentação natural ainda representam apenas 1% do total de redes em operação, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), mas a tendência é ganharem cada vez mais espaço. “Tem um potencial de expansão muito grande, porque não estamos falando apenas de produto, mas da conscientização do consumidor, da busca por uma melhor qualidade de vida, que passa pela alimentação”, afirma João Batista da Silva Júnior, coordenador do Comitê de Food.
Service da ABF. “Uma prova desta mudança é o empenho das redes tradicionais em colocar opções saudáveis em seus cardápios. Quem não mudar ficará fora do mercado.” Nascida nas praias cariocas, em 2006, quando encontrar alimentos vegetarianos prontos para consumo era difícil, a Hareburger traduz no dia a dia a mudança de comportamento do consumidor brasileiro. “Somos 100% vegetarianos, mas 80% dos nossos clientes não são”, diz o sócio Marcos Leite. “São pessoas que fazem dieta, ou não consomem carne todos os dias, ou, ainda, estão preocupadas com a saúde.”
Para esse público, a hamburgueria oferece sete tipos de hambúrguer no pão e outros sete no prato. Vende uma média de mil hambúrgueres por dia, em oito lojas. “Pretendemos fechar 2017 com 15 unidades e chegar a 2022 com 150 franquias”, diz Leite, observando que a rede faturou R$ 7 milhões em 2016, três vezes mais do que no ano anterior.
Segundo Silva Júnior, há uma dificuldade de escalar esse tipo de negócio. “As redes de alimentação convencional têm um volume maior de lojas, mais tempo de mercado e preços mais competitivos”, declara. E as estatísticas demonstram esse desafio, a maioria das franquias do segmento tem menos de 10 anos de vida e, com raras exceções, ultrapassam a 40 unidades.
A DNA Natural faz parte dessa exceção. Criada em 2007, em Florianópolis, pela empresária Jeane Moura, a rede passou para o controle do Grupo Restaura em 2016. Embora já fosse robusta, com mais de 45 unidades e um faturamento anual de R$ 48 milhões, ganhou mais know-how de gestão para os franqueados com a entrada do novo grupo, que tem mais de 20 anos de experiência em franchising. “O objetivo é crescer pelo menos 20% este ano e abrir 15 novas unidades”, afirma Paulo Conrad, diretor executivo do Restaura.
Fonte: Valor Econômico
Artigos