Um termo muito relevante hoje em dia, que protagoniza inúmeras discussões em empresas modernas, é o MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável). É um conceito associado com a metodologia Lean, uma filosofia de produção que vem sendo adotada por muitas companhias.
MVP é relevante para muitos no início da jornada como uma corporação, contudo, também pode representar uma estratégia interessante para empresas já consolidadas. Para isso, é importante entender como esse termo funciona e quais princípios ele advoga.
Saiba mais neste artigo!
O que é MVP?
MVP é uma sigla para Produto Mínimo Viável, com já comentamos brevemente no primeiro parágrafo. Trata-se de uma versão mais simples de um produto com intuito de ser lançado ao mercado de forma ágil.
Por isso, o conceito é tão utilizado no caso de empresas emergentes, startups e companhias que estão começando suas operações. Nesse caso, essas empresas não precisam esperar para desenvolver um produto complexo, que atenda a todas as demandas daquele nicho. Em vez disso, optam por uma versão minimamente utilizável.
Essa versão vai ao mercado para uso dos clientes e volta com feedbacks valiosos para análise. Então, a partir desses feedbacks, se pode melhorar a versão para lançar mudanças posteriormente.
Ou seja, é um fluxo contínuo envolvendo produção, feedbacks e alinhamento dos produtos e das próprias empresas ao que diz o mercado.
Em suma, o Produto Mínimo Viável é uma forma de lançar rápido um produto, entender no que ele pode ser melhorado também rapidamente,, ao mesmo tempo em que a empresa marca presença e, de fato, começa sua operação. É uma forma de pensar similar ao Lean, uma estratégia que foca em processos enxutos, com menos desperdícios.
Também é uma filosofia ágil. Os princípios ágeis ficam muito evidentes quando analisamos o Produto Mínimo Viável: divide desafios maiores em pequenas partes, tenta focar em clareza, busca colaboração com base em feedbacks, entregas contínuas, integração dos times, etc.
Além de pensar o produto, é possível também considerar o Produto Mínimo Viável como uma forma de conduzir a empresa e outros projetos. Nesse caso, a própria empresa desenvolve versões mais simples dos projetos para tentar captar feedbacks que instigam melhorias.
Importância do MVP
O Produto Mínimo Viável é importante em várias etapas de uma empresa, e não só para startups. É fundamental como um apoio para organizações de diferentes tipos, justamente por conta da filosofia associada.
Ao investir nesse tipo de estratégia, as empresas poderão focar em reduzir desperdícios e em se tornar eficientes. A ideia de um esforço para chegar a uma versão mínima garante também foco.
No geral, é possível ver diversas vantagens em diversos âmbitos. No próximo tópico, isso ficará um pouco mais claro.
Relação com o Lean Concept
Há uma relação do MVP com o Lean Concept, uma estratégia de concepção de lojas que se baseia na metodologia Lean.
Ou seja, é a ideia de buscar um modelo enxuto, barato, personalizado, que atraia e conquiste pela simplicidade e por oferecer exatamente o que o cliente deseja.
Desse modo, busca reduzir os desperdícios, com foco na eficiência e no que realmente a empresa precisa apresentar ao cliente em nichos menores.
Assim como o MVP, o objetivo é criar uma loja em uma versão mínima, eficaz, de acordo com o que mercado necessita. Assim, se consegue vender mais e até entrar em mercados novos.
Vantagens do MVP: entenda
A ideia do produto mínimo é muito interessante para contextos distintos. Por isso, permite uma visão ampla que ajuda a garantir a sustentabilidade do negócio. Vamos analisar melhor as vantagens do MVP nesta seção.
Reduzir riscos
Se a empresa consegue obter feedbacks precisos antes de chegar à versão final de um produto, ela é capaz de eliminar ou reduzir os riscos do mercado. Os riscos de não aceitação e de dificuldade de integração de um projeto em um nicho são atenuados, pois a empresa trabalha em alinhamento com feedbacks.
Caso uma primeira versão não obtenha tanto sucesso, os esforços para chegar a ela não foram tão grandes, então o prejuízo é menor.
Detectar erros
Outro ponto essencial é que o Produto Mínimo Viável permite detectar erros com facilidade. Cada versão é estudada e, de acordo com os feedbacks, os pontos de melhoria são tratados para a próxima versão. A empresa não precisa correr o risco de insistir em falhas e evita se prejudicar no futuro.
Reduzir os custos
Com a versão mínima dos produtos, já há uma redução considerável de custos. Afinal, estamos falando de uma estratégia claramente focada na redução de desperdícios e em tornar os processos mais enxutos. Isso significa menos despesas e maior controle financeiro.
Validação de hipóteses
Se a empresa possui hipóteses, ela pode agora validá-las de forma mais eficaz, com os produtos no mercado. Essa é uma forma de estudar a viabilidade de certos projetos, antes mesmo de empreender muito esforço neles.
O que é Produto Mínimo Viável de uma startup?
No caso de uma startup, o Produto Mínimo Viável consiste em uma versão mais simples do produto principal da empresa que é lançado para amadurecer enquanto é utilizado. A empresa acelera seu lançamento no mercado, conquista clientes e consegue evoluir o produto de acordo com validação a partir de feedbacks.
Assim, a startup mantém o seu caráter emergente, enquanto tem nas mãos uma ótima ferramenta para estudar o mercado.
No caso de uma empresa em modelo de startup, o MVP serve inclusive para atrair investimentos importantes, já que é uma forma de mostrar ao mundo algo de valor feito pela companhia naquele estágio.
Como falamos, o conceito está muito associado ao universo de empresas emergentes dessa natureza. Contudo, vale frisar, não é exclusividade desse tipo de empresa.
Conheça também o conceito de Product Market Fit, que vai te ajudar a tomar a decisão certa ao lançar produtos no mercado!
Como fazer um MVP do projeto?
O MVP também pode ajudar na organização de um projeto qualquer da empresa. Caso a corporação tenha um objetivo e queira traçar as melhores estratégias, pode usar a ideia do Produto Mínimo Viável como uma inspiração para a abordagem.
Um exemplo pode ser a abertura de novas unidades para expansão, por exemplo. Nesse caso, a empresa pode começar com versões menores e uma observação maior, em busca de feedbacks. Isso é aplicar o ideal de um Produto Mínimo viável, mesmo sem um produto.
Como criar um Produto Mínimo Viável?
Para dar prosseguimento ao assunto, vamos discutir como criar um Produto Mínimo Viável. Com as dicas, sua empresa conseguirá saber como adaptar os pilares do conceito à sua realidade. Entenda melhor essa questão e saiba como conseguir sucesso com a estratégia.
Crie as hipóteses
Primeiro, a empresa deve formular as hipóteses e estar certa do que vai procurar validar com o produto no mercado. Essas são as primeiras impressões, uma visão inicial acerca do nicho e da aceitação daquele item.
Defina os indicadores
Para saber como avaliar a versão mínima do produto, é fundamental conhecer os indicadores-chave a serem analisados. Ou seja, como você vai verificar o produto, o que exatamente vai procurar para entender o desempenho.
Essas métricas ajudam na etapa de feedback e permitirão traçar as melhorias em seguida.
Aprenda também com o mercado
Uma boa estratégia é fazer benchmarking também com o Produto Mínimo Viável. Isso inclui buscar ideias para reforçar o produto e alinhar com uma visão ampla e geral do que se espera no mercado. Também é interessante tentar simular algumas estratégias que já deram certo com outros produtos de outras empresas.
Aplique o Produto Mínimo Viável
Para ter sucesso, o produto deve ser lançado. Esse lançamento deve ser gerenciado com cuidado, a partir de uma análise de onde realmente ele poderá ser usado. O ideal é adotar um contexto realista, com uma amostra real de clientes para obter uma visão mais precisa e sem viés.
Exemplos de MVP
Há várias empresas que começaram com um tipo de produto ou um tamanho menor e cresceram de forma estratégica.
Temos alguns tipos de Produto Mínimo Viável que se diferenciam entre si por questões dignas de atenção.
O MVP protótipo é bem simples de entender: uma versão mais simples, com menos funcionalidades, que é passada para clientes antes da versão final. Então, os feedbacks ajudam a alinhar e a desenvolver o resto com menos erros.
Há também o MVP duplo, que funciona como uma espécie de teste A/B. Se testam duas versões diferentes de um produto, de modo a captar a aceitação de cada um e definir melhor qual é a abordagem mais adequada.
Existe também o funcional. Envolve automação para ajudar no controle dos feedbacks e no aperfeiçoamento das versões.
Qual a relação entre Produto Mínimo Viável e Lean Startup?
A abordagem favorita de empresas Lean é o Produto Mínimo Viável. É a forma de se manter enxuta, em conformidade com a filosofia de menos desperdícios. Inclusive, há quem pense que ambos são sinônimos diretos.
Ou seja, para aplicar a metodologia Lean, é preciso investir na construção do Produto Mínimo Viável.
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Conclusão
O MVP é uma estratégia de contenção de custos, redução de desperdícios e de criação de produtos com base em ciclos contínuos de melhoria e entregas. É desenvolver versões de produtos para serem modificadas com base no uso constante, no contato com o nicho e com indicadores.
Nesse sentido, o conceito pode ser expandido para projetos corporativos. A ideia é sempre garantir um desenvolvimento ágil, flexível e mutável, de acordo com o mercado.
Como vimos, o conceito está relacionado com a noção de loja que vende em um formato mais enxuto, o Lean Concept.