De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias cresceu 7% em 2018 na comparação com 2017. Os dados preliminares da associação apontam que a quantidade de empregos diretos gerados pelo segmento cresceram 8% em 2018, chegando a 1,3 milhão de trabalhadores contratados. “Com a nova lei trabalhista, estamos incluindo também trabalhadores intermitentes que foram contratados pelos franqueados e franqueadores durante o ano”, esclareceu André Friedheim, presidente da ABF.
Para Friedheim, o franchising retomou o crescimento principalmente no quarto trimestre do ano passado, depois do período eleitoral. “O índice de confiança tanto do consumidor como do empresariado começou a aumentar. E, quando o nível de confiança do consumidor aumenta, ele está predisposto a gastar mais, a se endividar um pouco mais para consumir, porque já enxerga uma manutenção do emprego, um aumento de renda”, esclareceu o presidente da associação. De acordo com ele, quando o consumidor volta a consumir, os setores de varejo e serviços são os primeiros a sentir este reaquecimento.
A economia deve manter a retomada em 2019, ajudando o franchising nacional. A previsão é que o faturamento do setor cresça entre 8% e 10%, na comparação com o ano passado. Assim, as franquias também devem ajudar a gerar empregos, que devem aumentar 5%.
Friedheim afirma que quando os empresários estão dispostos a investir, a quantidade de franquias tende a crescer, pois ele prefere se arriscar mais a deixar o dinheiro no banco, tendo a chance de “rentabilizar o capital investido de maneira mais vantajosa do que deixando o dinheiro parado”, afirmou.
A franquia é uma boa opção para essas pessoas porque utiliza uma marca já conhecida, além de oferecer o ganho de escala, o conhecimento prático, a rede de negócios e a colaboração. “O franchising traz menos risco do que montar um negócio independente e tende agora a retomar seu crescimento em número de operações”, disse Friedheim.
Após um ano de queda, a quantidade de unidades franqueadas cresceu 5% em 2018 e 1% em número de novas marcas. Este resultado foi causado pela crise, que desencorajou maiores investimentos dos empresários. A previsão da ABF é que o número de unidades cresça novamente entre 5% e 6%, em 2019, além de manter o aumento de novas marcas em 1%.
O segmento de alimentação continua na liderança em número de franqueadores e operações, mas em 2018, a área de saúde, estética e beleza “gerou maior crescimento”, além dos serviços em geral. O setor de alimentação mantém o destaque devido às novas plataformas de delivery e à capilaridade de operações, que ajudam a melhorar o acesso e a logística.
Fonte: Mercado & Consumo
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