A análise financeira de franquias é bastante dinâmica, uma vez que é influenciada por diversos fatores que se inter-relacionam. A complexidade aumenta quando se tem em conta que é um investimento de longo prazo, estando sujeito às oscilações do ambiente macroeconômico. Nesse contexto, a análise financeira de franquias deve levar em consideração se as taxas do sistema remuneram adequadamente a estrutura de custos da franqueadora mesmo em cenários adversos.
Ao mesmo tempo, os indicadores financeiros satisfazer às expectativas do mercado.
As duas principais variáveis que são impactadas por fatores externos referem-se à velocidade da expansão e ao nível de maturidade dos franqueados da rede. Estas duas variáveis são fontes de receita e de custos ao mesmo tempo. Uma expansão acelerada gera receita pela taxa de franquias, mas também gera custos, uma vez que essa velocidade está atrelada aos investimentos em marketing. Pelo lado da maturidade da rede, quanto maior for o seu desenvolvimento, menos haverá demanda por suporte, e consequentemente menos custos para franqueadora. Ao mesmo tempo, franqueados maduros faturam mais, gerando maiores receitas a franqueadora quando estas tiverem base percentual.
A franqueadora precisa estar prevenida quanto às oscilações das variáveis externas, criando um modelo financeiro sustentável no longo prazo. Nesse sentido, é seu papel o exercício de cenários de estresse, permitindo uma definição mais segura das taxas do sistema. Ao final do exercício devem ser gerados indicadores que satisfaçam às expectativas dos novos investidores, tanto em termos de rentabilidade quanto em prazo de retorno do investimento.
A análise financeira de franquias nos mostra que é determinante o exercício conjunto de simulações para franqueado e franqueador, uma vez que as definições do modelo geram impactos imediatos nas duas partes. Em todos os casos, deve ser buscado o equilíbrio financeiro da equação, permitindo que o negócio seja perpetuado ao longo do tempo.
