Estamos na era do que quero tudo agora! Uma pesquisa realizada pela Capgemini com mais de 5 mil pessoas nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha, mostrou que 51% das pessoas já usam assistentes de voz, 35% compraram produtos, 34% encomendaram refeições e 28% já reservaram serviços de táxi ou uber através da ferramenta.
A consolidação da utilização de comandos de voz para fazer compras em lojas online, também conhecido como voice-commerce, é uma das apostas para o futuro do varejo. Depois do e-commerce e do mobile commerce, é a vez da voz!
Você está preparado para falar com a sua geladeira, comprar um tênis recomendado pela esteira da academia ou mesmo pedir comida para o cachorro diretamente do seu carro? O ato de comprar vai ser mais rápido e pode ser realizado a qualquer hora do dia. Se a sua empresa não estiver preparada para isso, saiba que o seu consumidor está!
Mais do que uma nova tecnologia, o “comércio conversacional” representa oportunidades de um mercado a ser explorado. Estamos vivendo já há algum tempo uma mudança da jornada do consumidor, que está cada vez mais multitarefa e pede por facilitação da rotina. Será cada vez mais comum encontrar pessoas ouvindo um áudio book enquanto correm na esteira, por exemplo. A voz vem para entregar de forma ainda mais eficaz a conveniência exigida e é um dos motivos pelos quais temos observado um “boom” dos podcasts.
No âmbito varejista, a voz não é apenas uma ferramenta para simplificar transações, mas também para criar uma relação pessoal altamente valiosa com o consumidor. Ao “conversar” com os dispositivos e fazer uma lista de compras o consumidor poderá ter entregue na sua casa os produtos que deseja, sem ao menos ter que acessar o e-commerce ou um aplicativo.
Ao mesmo tempo que representa uma oportunidade, também traz desafios – requer planejamento e investimentos em experiência do cliente, gerenciamento de dados, análise e inteligência artificial e operações de negócios. A tecnologia ainda é recente e precisa ser aprimorada, mas isso tende a evoluir e rápido. Talvez mais do que uma questão de tecnologia, o voice commerce vai precisar ganhar a confiança dos consumidores uma vez que os dispositivos passarão a deliberadamente escutar e interpretar o que está ao redor e isso significa, entrar de vez em sua vida íntima.
Dessa forma, a marca estará literalmente a uma frase de distância ocupando espaços antes inimagináveis e criando relacionamento emocionalmente engajado com o consumidor. Por ser ‘onipresente’ na rotina dos consumidores que possuem acesso a dispositivos munidos de inteligência artificial, os players que se desenvolverem nesse mercado terão uma vantagem: a fidelidade.
O varejo conversacional têm potencial para ocupar um espaço ainda mais relevante ao se tornar uma extensão das relações dos consumidores com as marcas de forma ainda mais fluída e sem fricção. O varejo e a indústria terão um papel valioso de prestadores de serviços para resolver problemas para o consumidor, seja lá onde ele estiver.