Quem quer ser um franqueador?

Quem quer ser um franqueador?

Em minha trajetória pelo Franchising, além de buscar respostas, procuro perguntas. Como posso de alguma forma contribuir para o crescimento consistente do sistema de forma que as empresas optem por franquias como forma de expansão segura e não como salvação para crises.


Pode até parecer um absurdo, mas muitas empresas em fase de “crescimento” procuram no Franchising uma saída. E acreditam que taxas de Franquia e royalties garantirão sua sobrevivência no mercado.

Deve ser por isso que, na busca de minhas perguntas, o que vi com grande frequência é: “Como posso me tornar um franqueador?”, ou ainda, “como transformar meu negócio em uma rede de franquias?”.


Bom, sem incluir qualquer juízo de valor ao tema, o que pretendo é contribuir. Vamos lá!

 

Antes de qualquer coisa, o Franchising deve partir de alguns pré-requisitos obrigatórios – transmissão de marca e know how. Desses pré-requisitos podemos extrair algumas conclusões.
Transmissão de marca não é simplesmente dar o mesmo nome do seu negócio a terceiro. Você, na relação de Franquia se compromete a ceder uma marca reconhecida e uma marca sua. Ou seja, marca reconhecida porque é um negócio de sucesso, e Franchising é replicar sucesso! Outro ponto, você precisa ter a propriedade da marca, caso contrário estará cedendo o que não tem, podendo causar sérios prejuízos a terceiros que acreditaram no seu negócio. Sendo assim, antes de pensar em Franchising avalie como está a situação de sua marca.

Vamos ao know how. A transmissão do know how visa a diminuição da curva de aprendizado do Franqueado no desenvolvimento do negócio próprio. Ou seja, as pessoas buscam franquias porque querem um negócio de sucesso, já formatado, que “alguém”, leia-se, Franqueadora, vai ensinar tudo o que precisa para que o negócio dê certo.  Ele espera ter sucesso no negócio porque a Franqueadora já aprendeu e já descobriu a melhor forma de operar e gerar lucros. E mais ainda, a Franqueadora sabe como ensiná-lo!

Para tanto, mais do que histórico que propicie o know how, a Franqueadora precisa saber transmiti-lo, tendo seus processos documentados, treinamentos desenvolvidos e forma de acompanhar tudo isso – resumindo: estrutura.

Longe de mim desanimar alguém! Muito pelo contrario. O Franchising cresce de forma exponencial, tem o triplo do crescimento do país, os dados são animadores. Porém, só experimentará o bom do franchising com muito preparo e dedicação.

Recentemente assisti uma reportagem sobre os “bilionários” brasileiros, se não me engano, de cinco entrevistados, três tinham suas fortunas decorrentes de redes de franquia.
Você também pode e existe mercado para crescer, só resta saber se você está preparado, e em um sentido amplo. Para os desafios e para as vitórias, para crescer e fazer quem acreditou em você crescer também, pois sem ganha-ganha, não tem crescimento, não tem sucesso, não tem Franquia.

Pensando assim, como tornar uma empresa Franqueadora e colher os louros do sucesso:
– Registrar a marca no INPI;
– Desenvolver um plano de negócio para as Franquias, com projeção de resultados para, pelo menos, 5 (cinco) anos;
– Desenvolver/ Manualizar processos
– Estruturar treinamentos
– Ter estrutura de acompanhamento ao Franqueado
– Ter Instrumentos Jurídicos condizentes com a relação que se espera – longa e saudável, dando segurança ao Franqueado e à Franqueadora.

Esse processo de “formatação”, como é chamado, não é rápido e é um investimento com retorno de médio a longo prazo.
Mas é de uma satisfação inigualável quando se vê a rede expandir. E você, antes um idealizador, agora um verdadeiro realizador do seu próprio sucesso e de terceiros. Seu negócio, desenvolvido com tanto zelo, capilarizado por tantos lugares. Está preparado?

Artigo escrito pela advogada Lívia O. Rocha, responsável pela área jurídica do Grupo BITTENCOURT.
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