Programas corporativos aceleram a transformação

Programas corporativos aceleram a transformação

Programas de incubação, aceleração e hubs de inovação estão intensificando a jornada digital em diferentes indústrias.

As pioneiras estão no ramo financeiro. O  Bradesco iniciou seu processo em 2010, com polos de inovação interna. Em 2014 surgiu o InovaBra Startups, programa de inovação colaborativa com 3 mil inscrições em quatro edições, das quais 37 startups concluíram prova de conceito e oito já foram contratadas pela companhia. O guarda-chuva InovaBra abriga um centro de excelência em inteligência artificial, um fundo de investimento com R$ 100 milhões e três investidas (Semantix, Rede  rete Fácil e Consórcio R3), um braço internacional para monitorar oportunidades e o Lab, ambiente de colaboração, homologação e prototipação que reuniu 16 laboratórios e parceiras como Cisco, Dell, IBM e Intel. InovaAs últimas novidades são o Habitat, espaço de co-inovaçao com 22 mil m2 que já contabiliza 128 startups, 50 empresas clientes do segmento corporate e 130 eventos, com 9 mil participantes, e a plataforma digital Hub, informa o diretor executivo de inovação Luca Cavalcanti. O Itaú Unibanco foi pioneiro na criação de um hub de empreendedorismo tecnológico com o Cubo, em 2015, parceria com a Redpoint. Além de startups, reúne empresas como Rede, Coca-Cola, Gerdau, Cisco e Mastercard, investidores e universidades e tem apoio da plataforma on-line Cubo Digital. O espaço físico em São Paulo hoje abriga 55 startups residentes, segundo Lineu Andrade, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco e responsável pelo Cubo. A Visa apostou no centro de inovação Innovation Studio, fundado em 2016. No ano passado, seu programa de aceleração local selecionou 27 startups, tanto maduras quanto iniciantes. Hoje 14 são residentes no Habitat, do InovaBra. A meta é escolher mais 30 em 2018 - as mais maduras vão para o Vale do Silício por 30 dias na aceleradora GSV Labs, para se aprofundar na dimensão global do negócio, explica o diretor de inovação Érico Fileno. A Porto Seguro também leva para o Vale, na parceira Plug and Play, as selecionadas pela Oxigênio, aceleradora criada em 2015. "O objetivo é melhorar nossos produtos e serviços", diz o diretor Italo Flammia. A partir de agora, as startups em estágio inicial recebem R$ 200 mil e as mais maduras, até R$ 500 mil, em troca de participação de até 10%. Entre 1,2 mil inscritas, foram selecionadas 29 startups, com 60 projetos aplicados. Entre elas, Psicologia Viva, plataforma de atendimento psicológico oferecido por meio de vouchers para funcionários e clientes que sofrem traumas, YouCondo, portal de gestão de condomínios com descontos para moradores no marketplace de serviços Porto Faz, e Bike Station, totem para venda de equipamentos, peças e mantimentos para ciclistas. O segmento de mobilidade se empenha na busca de inovação. A Renault criou programa voltado ao fomento de startups entre universitários, com apoio de plataforma digital desenvolvida em parceria com a PUC-Rio e a aceleradora Hot Milk. Em dois anos foram perto de 900 inscrições, com seleção de 30 projetos. Três deles foram acelerados na sede da empresa, em Curitiba, receberam R$ 30 mil e já se  constituíram como empresas, como o aplicativo para compartilhamento de garagens Park Care. As próximas três serão escolhidas em junho, adianta o diretor de comunicação Caique Ferreira. Para conectar startups às companhias do mercado automobilístico, Webmotors, Mercedes-Benz, Ticket Log, Sascar e Eaton criaram a aceleradora Liga Autotech, que já selecionou a Moobie (compartilhamento de carros entre pessoas) e a Nexer (serviços de pós-vendas para carros conectados). "O setor está passando por transformação radical. Queremos gerar conhecimento", diz o gerente de produtos e novos negócios da Webmotors, Renato Rebelo. A aposta em aceleração invadiu a indústria. O Natura Startup nasceu em 2016 e, em 2018, firmou parceria com o Cesar Lab, de Recife, para mentoria de gestão e  investimento financeiro. De 240 novatas, selecionou 14, das quais três já fornecem para a empresa. Uma delas é a Insite, criadora de um robô para atendimento ao cliente no Messenger. "As próximas três estão sendo escolhidas agora para receber até R$ 100 mil cada", afirma o diretor de inovação digital Luciano Abrantes. Em junho, o programa chega à Argentina. A Gerdau criou o Work in Progress, em parceria com empresas de construção civil, para desenvolver soluções para aumentar a produtividade e a digitalização do setor e acelerar a transformação digital da empresa, diz o diretor executivo da Gerdau Aços Brasil, Marcos Faraco. A Unilever lançou este mês no Brasil o Lever Up, projeto em parceria com a aceleradora Liga Ventures pioneiro para a marca no mundo, com inscrições abertas até 24 de junho. Fonte: Valor Economico

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