O mercado voltado para o público masculino

O mercado voltado para o público masculino

Observamos hoje no mercado um número grande de empresas de varejo com produtos destinados ao público masculino. Desde as tradicionais lojas de vestuários até as mais sofisticadas clínicas de estética e beleza. O homem deixou de ser, há muito tempo, aquela pessoa que não se importava com a moda acreditando que isso era preocupação feminina. Hoje o varejo já classifica esse público tão comercialmente interessante. Segundo a pesquisa "O Homem Classe A" da GS&MD existe uma classificação que o distingue entre: O Homem Órfão, O Meta-Homem e o Homem Refil, e para cada grupo desses existe um tipo de comunicação, de produtos e canais de vendas para determinados produtos. O varejo e os estabelecimentos que eram frequentados só pelo público feminino vem sendo invadidos pelos homens. A vaidade e a preocupação cada vez maior com a aparência, físico e saúde vem causando essa mudança no mercado. As empresas antenadas nessa nova vertente já a acompanha, se adapta e lucra. Os negócios que se destacam no mercado e com tendências a se especializarem com produtos e serviços para o público masculino são: Estética, Saúde e Beleza - enquadram-se as academias, clínicas de estéticas, cabeleireiros; clínicas de emagrecimento e rejuvenescimento - e lojas de produtos de beleza - com perfumes, cremes, produtos para banho, entre outras. Para esse público a praticidade e objetividade devem dar o tom a qualquer relacionamento e comunicação. O homem vai direto ao ponto. Ficar experimentando várias modelos e opções não faz o seu perfil, ele vê, gosta e compra. As empresas devem desenvolver produtos que ofereçam soluções completas e proporcionem bem-estar. Os vendedores devem ser inteligentes e práticos, além de perspicazes, para entender qual o perfil do seu cliente masculino já nos primeiros momentos, pois uma característica muito forte é que eles decidem rápido, o que nem sempre significa compra por impulso. O que significa que tentar vender adicionais sem essa análise pode ser fatal. O homem é mais racional, pé no chão e menos emoção. Porém, estão cada vez mais vaidosos e quando a vaidade vem junto à fragilidade ele se deixa envolver, e se nesse momento ele se identificar com o vendedor e este souber trabalhar tal momento, a compra será completa. O mundo da moda, dos serviços e acessórios pessoais vêm aumentando a uma velocidade surpreendente e, percebe-se que existe uma carência de espaços, lojas e prestadores de serviços voltados especialmente para atender o público masculino. Por isso ele vem invadindo alguns os espaços que foram no passado utilizados somente pelo o público feminino. Nas academias a proporção é próxima dos 50%. O homem propende a ser mais fiel a determinados produtos e marcas. Quando se adapta bem com o tipo de produto, tem resistência para mudar, o que é bom para o varejo. Além de ser fiel ele passou a comprar mais e buscar produtos com valor agregado. Já foi o tempo em que a mulher decidia o que ele iria vestir, calçar e usar de produtos e acessórios. Ele quer escolher, compara o que vê nos amigos, deseja determinados produtos e acessórios, segue moda e tendências. Ele pesquisa na internet e lê opiniões, o homem passou a ser mais consumista e menos conservador. Essa mudança de comportamento é fruto da evolução da internet e dos efeitos da globalização. Tudo evolui muito rápido, as novidades chegam a todos os continentes quase simultaneamente, as pessoas mudam mais de celular, de carro, de roupa, de computador, entre outros. É esse movimento que as empresas estão vivendo e que precisam ficar atentas para não perder oportunidades de atender essas necessidades. *Lyana Bittencourt é sócia-diretora do Grupo BITTENCOURT