O que o franchising vem fazendo pelo Brasil merece um olhar mais apurado dos órgãos que regulamentam a indústria e o comércio, ligados ao Governo Federal, Estadual e Municipal.
O franchising impulsionou e continua impulsionando o empreendedorismo no Brasil, reduziu a informalidade dos pequenos negócios – consequentemente mais recursos arrecadados, interferiu no índice de mortalidade dos pequenos e médios negócios, e tem contribuído sobremaneira para a realização de sonhos de mais de 150 mil empresários, entre franqueadores e franqueados, além de gerar perto de 1200.000 empregos, dados de 2017, num país com mais de 12 milhões de desempregados.
O impacto desse modelo de expansão no desenvolvimento do país e dos negócios tem sido muito positivo e, diga-se de passagem, o grande movimento ainda está por vir. Existe uma grande parcela de empresários no Brasil que estão vendo a “carruagem passar” sem perceberem que “nem só de hambúrguer vive o franchising”, há muitos anos que esse mito já deixou de existir.
É verdade que os modelos replicáveis e inspirados no negócio criado por Ray Croc, Mc Donalds, continuam em franca expansão e inspirando empreendedores em todos os continentes, estes cada vez mais inovando em formatos, produtos e receitas de darem água na boca, estamos de fato vivendo no Brasil um verdadeiro boom das hamburguerias.
O franchising já se consolidou como um modelo de expansão líquido, que permeia por todos os segmentos e portes de negócios e nos mais diversos mercados e perfis de clientes. Perto de 3000 empresários, desde os grandes players que atuam no franchising até os pequenos, com redes formada por micros e pequenos negócios, já testaram e comprovaram a eficiência do modelo. Os empresários mais inovadores e ágeis estão se dando muito bem, outros estão em processo de desenvolvimento e de melhoria do seu modelo de gestão da rede e muitos pretendendo experimentar e estão buscando orientação de especialistas para não errarem.
O franchising agora está sendo a base para negócios se estruturarem como uma verdadeira plataforma, viverá um novo momento. As redes que já avançaram na transformação de seus negócios para a era digital vão sair na frente, um verdadeiro gol para o crescimento exponencial. O mais difícil já fizeram, já atuam em rede, com condições de gerarem conexões e explorarem ideias, conceitos, conhecimentos e as boas práticas da rede em prol do negócio como um todo, e o melhor, girar a roda muito mais rápido, beneficiando franqueados, clientes, fornecedores, franqueadores e a comunidade onde estão inseridos.
Tem um caminho a ser percorrido pelos empresários para atuarem com esse modelo de expansão, estratégias e processos precisam ser bem definidos além do entendimento de que liderar uma rede franquias com franqueados dos mais diversos perfis, vai exigir uma organização descentralizada e a liderança com perfil e competências para atuar num ambiente de diversidade e de celebração das diferenças.
O que o Governo deixa de fazer pelo pequeno empresário, sem desmerecer nenhuma atuação do sistema “S” (Sesc, Senai, Sesi e Sebrae), e outros programas criados para incentivar e financiar o empreendedorismo, o franchising vem fazendo e dando um show de exemplos de, como crescer, ocupar mercado e melhorar o varejo e a indústria como um todo. Empresários bem estruturados definem e implantam conceitos inovadores e vencedores e oferecem a empreendedores ávidos por um negócio próprio, com capital – não interessa o quanto, porque tem para todos os bolsos, e com força de trabalho para se dedicarem com afinco a marca que acreditam, tem fórmula melhor para o sucesso? Qualquer semelhança com a lei da física onde “dois corpos (ou forças) iguais se atraem”, é mera coincidência.
CLAUDIA BITTENCOURT, sócia e Diretora Geral do Grupo BITTENCOURT, empresa do grupo GS, que atua há 33 anos em desenvolvimento, expansão e gestão de redes de franquias e negócios, com soluções voltadas acelerar o crescimento das empresas independentemente do porte e segmento. Tem atuado junto as indústria nas estratégias de canais de vendas e distribuição com a visão de multicanalidade e com isso ampliar a capacidade de atender melhor o cliente final e da forma como ele quer ser atendido.