Na era da indústria 4.0 é praticamente impossível não esbarrar em algum conteúdo que não cite o poder das plataformas, face ao seu efeito de transformar negócios em alta velocidade
Um modelo de negócios em plataforma viabiliza interações e troca de valor entre quem produz e quem compra. E esse valor, não necessariamente são produtos, podem ser informações, mídia, conteúdo, serviços e até mesmo outros negócios, como no caso do franchising.
Trata-se de um ecossistema interativo em que essas trocas de valor são infindáveis. Pois contam com formas colaborativas de construção do negócio, que se retroalimenta por meio de feedbacks da comunidade que dele participa.
Outra característica importante, é que a plataforma cria valor a partir de recursos que não possui ou controla e por isso, tende a crescer muito mais rápido que os demais negócios.
Ao olhar para essas características do modelo de plataforma, é impossível não associar o conceito ao franchising. Vejamos:
O franqueador, detentor da marca está no papel de “produtor” ou de gerador da oferta, que no franchising é efetivamente um modelo de negócios devidamente testado e comprovadamente de sucesso. O franqueado por sua vez, faz o papel de “comprador” ou de gerador da demanda. O que ele deseja, é um negócio viável e com menor risco para operar (ou investir). Só pelo conceito de franquia, a troca de valor real já se mostra clara e presente.
Quando dissemos que o modelo de plataforma se retroalimenta por meio de feedbacks da comunidade que dele participa, também encontramos ressonância no franchising. Uma rede de franquias não vai para a frente sem que haja troca de “valor” nos mais diversos pontos de contato. A rede (e o sistema) se retroalimenta de diversas formas: franqueados satisfeitos atraem novos franqueados; experiências locais retroalimentam a rede de inovações que podem se tornar padrão de atuação; boas experiências são trocadas para que todos se beneficiem; o resultado de um, acaba sendo o resultado de todos.
E o sistema de franquias por si só, faz o papel de plataforma. Um modelo estruturado de transferência de know-how de um modelo de negócio que o sistema em si não controla, mas que por meio de suas regras e padrões transforma em valor para ser compartilhado por outros. O que propicia o crescimento exponencial dos negócios, pois pode ser replicado nas mais diversas culturas e geografias, permite adaptação e principalmente a escalabilidade.
Parece filosófico demais, mas não é. É a simplicidade do conceito aplicada ao nosso mercado, ao nosso negócio. Somos plataforma antes mesmo do conceito ficar “famoso” nas rodas de negócios e nos eventos. Somos efetivamente, todos no franchising, parte do modelo de plataformas exponenciais.
O Grupo BITTENCOURT, consultoria especializada em desenvolvimento, gestão e expansão de redes de franquias e negócios, vai trazer à luz o conceito e sua aplicação nos negócios que atuam em rede e no franchising em outubro no 9º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias & Negócios. No evento que acontece em outubro, vamos desmistificar (e simplificar) o que para muitos ainda é incerteza. Esperamos você! Claudia Bittencourt, sócia, fundadora e diretora geral do Grupo BITTENCOURT.
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